O show de horrores do transporte privatizado chega ao horário nobre
Em artigos anteriores, havíamos alertado para os diversos problemas apresentados pelas concessionárias privadas das linhas urbanas de ferrovia e metrô que atendem a população da Grande São Paulo: insegurança, inexperiência e falta de fiscalização.
Por José Manoel Ferreira Gonçalves*
Esse quadro caótico se repete diariamente na metrópole, e agora se tornou conhecido de todo o país, a partir de uma matéria veiculada no último domingo no Fantástico, que escancarou o descaso com que as empresas que detêm a concessão tratam o transporte público.
Em países com alto índice de desenvolvimento, ferrovias são sinônimo do direito de ir e vir, um orgulho para a população que delas se servem. São um retrato de como a gestão pública trata o povo e suas demandas. A julgar pelo que estamos presenciando com os trens e metrôs de São Paulo, o governo aqui não dá a mínima para a população que precisa se deslocar todos os dias. A preocupação maior, pelo jeito, é privatizar os serviços.
José Manoel Ferreira Gonçalves
Cientista político, jornalista, advogado, engenheiro civil e doutor em Engenharia da Produção